segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Sobre a crônica anterior

Achei válido uma explicação do post anterior, pelo que ela significa e o trabalho que envolveu fazê-la (a crônica).

Onde tudo começou

Numa das primeiras aulas de Redação V, o professor explicou que, entre outras coisas, a avaliação da disciplina se daria por um texto a ser entregue no final do semestre. O gênero do texto era de livre escolha do aluno. Eu não sabia se faria uma crônica ou uma reportagem investigativa. Deixei chegar o dia de entrega do tema e gênero para decidir. Em casa revirando uns papéis, encontrei duas folhas de bloquinho da UFSC com letras miudinhas tentando se ajeitar para estarem todas ali. Lembrei que eram anotações que eu tinha feito para um trabalho de uma disciplina da terceira fase, Estética e Cultura de Massa I ministrada pela professora Aglair Bernardo.

A perseguição

A atividade proposta pela professora era seguir alguém, sem ser notado. E escrever uma crônica da pessoa seguida. Eu segui um cara no mercado, escrevi e entreguei, mas não fiquei satisfeita com o resultado. Depois de alguns dias eu e meu namorado fomos ao aniversário de um colega no Santa Hora, e foi ai que percebi que a "jovem senhora" poderia render uma crônica de perseguição. Poderia dar errado, eu não sabia qual seria o final, apenas ia anotando e anotando, espremendo as letras no escasso papel disponível na minha bolsa.

A decisão

Chegou o dia de apresentar o tema e o gênero para o professor e a única coisa que eu tinha na cabeça é que eu queria aproveitar aquelas anotações das quais nunca tinham passado de rascunhos. Expliquei a idéia para o Mauro Silveira, o profe. Ele aceitou.

Escrevendo

Transcrevi as anotações para o computador. Iniciei meu texto. A data certa eu tentei pescar na memória, mas não saiu nenhum peixinho. Com a única informação que eu tinha anotado (jogo do figueira) e a data do aniversário do meu colega, pesquisei na internet qual era o jogo que tinha passado naquele dia. Nas anotações o figueira havia ganhado. O dia: sexta-feira, 16 de outubro de 2009. Bom ai foi um processo de reconstrução daquela noite, facilitado pelos meus rascunhos. Se tivesse que registrar esse dia apenas com as minhas lembranças, o resultado seria totalmente diferente. Entreguei a primeira versão.

No atendimento o professor me perguntou se a crônica não era pra ser do músico, como ele tinha entendido antes, mas expliquei pra que não. Era da simpática senhora, suposta mãe do músico. Ele fez alguns apontamentos. Corrigi o texto e enviei novamente para o profe uma segunda versão.

Noutro atendimento ele me alertou para mais alguns detalhes e pediu para fazer uma versão de 4 mil caracteres para a Mequetrefe, revista elaborada com os textos da disciplina. Acertei os últimos detalhes e comecei um trabalho cansativo para diminuir e chegar aos caracteres exigidos. Demorei, mas consegui. 3.996 toques.

Postei aqui a versão original, a menor poderá ser vista na revista, quando ela sair.

Perseguida por acaso



Especialmente para Guilherme Silveira, o aniversariante que me levou a persegui-la
Era noite da sexta-feira de 16 de outubro de 2009. O Figueirense enfrentava o Juventude em casa pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. A partida passava numa TV de 42 polegadas, se não me engano, no Santa Hora, choperia que fica ali perto do Shopping Iguatemi, no Santa Mônica. Era uma boa escolha para comemorar o aniversário de um colega figueirense. Partimos pra lá. Logo na porta do estabelecimento, três mulheres, que entravam na nossa frente, me chamaram a atenção, porque uma delas, aparentemente, tinha um pouco mais idade que as outras duas.

Procuramos a mesa do torcedor e aniversariante do dia, que sem dúvida estaria de frente para a telona. Depois de sentada, também diante do jogo, percebi que a jovem senhora, que eu notara na entrada, estava sentada abaixo da televisão. Ela acompanhava o ritmo de Will Survive com os braços, ombros e cabeça. Tinha cabelo chanel, pintado com cor de mel, vestia um casaco verde claro, não me lembro se estava frio, ou fresco naquele dia. A iluminação ambiente a favorecia. Os olhos pequenos observavam atentamente a banda, ato, que era intercalado com os goles de chope e a troca de palavras com as meninas que estavam na sua mesa ou com os garçons que passavam por ali.

Uma das moças, a nº 1, vestia uma blusa de manga comprida azul “bebê”, calça jeans e tênis, a nº 2, um vestido preto e meia calça preta, seus pés montavam um salto 10 centímetros. A observada tinha lábios finos, marcados pelo tempo, esse que marca tudo e do qual sempre precisamos mais um pouco. A cada término de música, as mãos vinham de encontro uma com a outra, para bater palmas, como uma fã que não perde os shows de seu(s) ídolo(s). Ela interagia com o corte chanel, colocando-o para trás da orelha. Mais de uma vez, a flagrei olhando fixamente para um ponto.

Aqui na mesa do aniversariante, mais gente chegava, e nos apertávamos pra entrarmos todos em volta do colega que completava mais um ano de vida. Mudei de posição, mas o alvo ainda estava sob controle, agora mais direto, estava exatamente de frente para mim. Deveria tomar mais cuidado e tentar ser um pouco mais discreta. Olhava para a TV, tomava um chope, conversava com o pessoal da minha mesa, sem deixar de prestar atenção um segundo na minha simpática senhora, que agora estava com os braços em cima da mesa e conversava com as meninas. Ela tinha um olhar materno.

A nº 1 tinha jeito de menina “muleca”, sentada numa cadeira com as pernas esticadas apoiadas no acento de uma outra, lembra minha mãe e minha irmã que sempre fazem isso, e dizem que é “para prevenir as varizes”. Os pequenos olhos, sempre atentos na banda ou no ponto fixo que ela escolhia aleatoriamente, não chegaram a cruzar com os meus. Coisa rara, porque sempre quando estou observando uma pessoa [mania minha desde que me conheço], ela acaba me encarando de volta. A aliança na mão esquerda me declarava o compromisso. Com quem, que não estava ali naquela hora? Os acessórios discretos, talvez fossem pra não chamar a atenção, mas ela por si só já despertava curiosidade. O anel com uma pedra preta na mão direita, um colar tímido no decote discreto, um pingente redondo em espiral numa corrente fina. Estava arrumada com muita delicadeza e discrição para não atrair olhares a si, mas ao contrário do seu desejo, eu a observava cada vez mais, e não só observava, mas anotava cada inspiração e expiração.

A essa altura, e com tantas observações, criei uma hipótese, quase um dogma, que acreditei cegamente. De que a minha delicada senhora era a mãe das meninas e de um, ou mais, integrantes da banda. E que ela ia a todas as apresentações do filho, como um cristão vai a missa toda semana. Depois de algumas as anotações e goles de chope, ela passou gloss rosa, nos lábios alegres, levantou e foi ao toalete.

O baterista de cabelo preto pressionava os lábios, como o movimento de “tirar o excesso de batom”. Vestia camiseta branca, calça e tênis de futsal pretos. A barba e cavanhaque baixos lhe davam uma aparência mais sexy. O vocalista e baixista usava camiseta preta, calça jeans e tênis estilo esqueitista, marcava o ritmo das canções batendo o pé no chão, e de vez em quando dava uns pulinhos. Ela voltou. Aos acréscimos do segundo tempo do jogo, o show terminou. E eu queria confirmar que a minha perseguida era a mãe do vocalista, agora com toda a convicção. Era hora de ver se a jovem senhora era realmente quem eu pensava ser. As meninas conversavam com um garçom. O vocalista passou pela mesa e comprimentou-as, [minhas expectativas aumentaram intensamente...] mas não ficou, nem elas saíram [...e foi por água abaixo em menos de um minuto]. O baixista depois de passar no caixa, provavelmente para receber seu couvert, foi embora carregando a mochila num ombro só.

A próxima banda começou a tocar, e ela do mesmo jeito que antes acompanhava a música, marcando o ritmo, mas não prestava mais a mesma atenção nos músicos como outrora. O jogo terminou e o Figueira alcançava a liderança da Série B daquele ano, ganhou do Juventude por 3X1. Depois de refutada a minha hipótese, deixei a simpática senhora marcando a batida de Samba a dois, de Los Hermanos.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

El Clandestino

Jornal Mural sobre o livro "O sequetro dos uruguaios: uma reportagem dos tempos da ditadura" realizado para a disciplina de Edição da 4ª fase do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina, ministrada pelo professor Ricardo Barreto

domingo, 10 de outubro de 2010

A pedidos: a receita do petit gateau

Uma receita fácil e deliciosa, e você pode congelar ele ainda cru e assar quando quiser!

Retirado do blog da Claudinha: Feito a mão, um blog com muitas receitas e dicas espertas ;)

O melhor petit gateau do mundo! Que tal uma receita fácil, prática, econômica e deliciosa para adoçar seu final de semana?

Mário é louco por chocolate e todos as sobremesas derivadas desse ingrediente. Para agradá-lo e também às minhas pequenas, que o acompanham na preferência, já testei várias receitas de petit gateau. Quando eu digo várias, são várias meeeeeeeeeesmo.

Mas nenhuma, absolutamente nenhuma delas, se compara à receita que encontrei no Cyber cook. Desconfiei que o negócio era bom a julgar pelo grande número de comentários elogiando a receita.

Não poderia deixar passar sem julgar por mim mesma, porque, em se tratando de culinária, às vezes a aparência engana.

A receita é fácil, prática, econômica e, o melhor de tudo, deliciosa! Não bastasse tudo isso, rende 6 bolinhos, que não é pouco nem muito: ideal para um jantar com poucos convidados. Mas se sua família é menor que isso ou se você quer adiantar o serviço no dia anterior, preste atenção: dá pra congelar os bolinhos nas forminhas ainda crus!!!!! Não é o máximo?

Depois de testar esta receita você não precisará mais gastar os olhos da cara num restaurante. Sim, porque petit gateau é uma sobremesa carinha, né? E a boa notícia é que não precisa ser um ás na cozinha para acertar os bolinhos de primeira. Além da receita, que você encontra no Cyber cook, eu preparei um passo a passo, com fotos, para representar cada etapa da elaboração.

Vamos lá?

Dicas: Ingredientes secos previamente peneirados; forno pré-aquecido na temperatura indicada (180°C); ovos e manteiga em temperatura ambiente, ok?

Ingredientes

200 g de chocolate meio amargo
2 colher(es) (sopa) de manteiga
50 g de açúcar (2 colheres de sopa)
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
2 ovos inteiros
2 gemas

Derreta a manteiga e o chocolate em banho-maria.

Unte forminhas de bolinhos com margarina e pulverize chocolate em pó.

Bata os ovos e as gemas de ovo com açúcar na batedeira até ficar bem claro. Se sua batedeira não for planetária isso pode levar uns 20 minutos. Deixe ficar bem fofo e claro. Sem pressa, ok?

Junte a farinha de trigo peneirada e o chocolate derretido, misturando com uma espátula, bem delicadamente.

A massa deve ficar homogênea.

Despeje a massa nas forminhas, sem preenchê-las completamente.

Pré-aqueça o forno e leve para assar. A receita original fala em 5 a 7 minutos (dependendo do forno) até os bolinhos crescerem, mas ficarem com o meio molinho, assim quando cortamos sai aquela calda de chocolate quentinha. No meu forno, testei duas vezes e encontrei 11 minutos como o tempo ideal. Observe como o seu forno se comporta, a impressão é de que o bolinho ainda está cru, mas se você esperar que o garfo saia enxuto, perderá a caldinha característica do petit gateau.

Deve-se desenformar quente, diretamente no prato, acompanhado com sorvete de creme.

O site fala que para congelar basta colocar a forminha cheia, coberta com filme plástico, no freezer e quando for servir deixar o bolinho voltar à temperatura ambiente antes de colocar no forno. Eu não testei o congelamento mas, a pedidos, terei de fazer um estoque no freezer, para eventualidades. O pessoal daqui aprovou e tá pedindo um repeteco!

Bom apetite e um excelente final de semana!

sábado, 28 de agosto de 2010

Revista Semana

3ª Edição Revista Semana. Produzida pelos alunos do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina para a 9ª Semana de Jornalismo. A Semana de Jornalismo acontece de 13 à 17 de setembro. Confira a programação aqui.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Pseudo semana de férias

É a coisa mais incrível que eu já vi: uma semana de atividades paralisadas por causa de um concurso. bom o incrível não está nas atividades paradas, está na quantidade imensa de coisas que temos que fazer antes de começar a semana com atividades normais.
Eu, particularmente, fiz uma lista pra não esquecer de nada: 13 itens até agora só risquei 3 e a coisa tá ficando tensa.

Eu fico pensando, se agora que a gente tá estudando e adquirindo experiências para no futuro conseguir um bom emprego. Quando esse futuro chegar será que vai ser pior, mais coisas pra fazer do que agora?? Se isso acontecer vou entender perfeitamente quando me internarem por loucura e estresse =/

Enquanto a minha loucura se aproxima, vou tentando me organizar da melhor maneira possível para terminar minhas tarefas antes do final de semana, serei completamente feliz se isso acontecer ;)

beijos e bom estresse

terça-feira, 1 de junho de 2010

Esse povo não trabalha não?!

No dia 07 de maio, há exatamente 26 dias atrás, eu fui na Celesc para transferir a conta de luz para o meu nome, quem diria que era tão simples assim! Cheguei, peguei a senha e aguardei lendo o meu livro para o jornal mural. 30 minutos depois meu número foi chamado, a atendente pediu o endereço do registro da luz, ditei o endereço e apenas escuto: "Pelo sistema, não há nenhum registro de luz cadastrado neste endereço". IMPOSSÍVEL!!!
Ela pediu pra eu levar a conta OU a leitura do registro, CPF e RG.
Na semana seguinte lá vou eu novamente, desta vez com todos os documentos que ela tinha me pedido (conta E leitura do relógio), chegando lá me deparo com uma enorme faixa na porta "... ELETRICITÁRIOS EM GREVE...". ¬¬
Voltei pra UFSC!
Durante três semanas (um vez em cada uma) eu fui até lá e aconteceu a mesma coisa, antes de ir, é claro, busquava notícias sobre a greve e nada! Então pensava que já estavam trabalhando, doce ilusão!
Na última segunda, fui ao centro resolver algumas coisas e pensei "Vou aproveitar para ir na Celesc". Resolvi PARTE das coisas e fui pra Celesc. Boa notícia: não estavam mais de greve. Má notícia: tinham fechado quatro minutos antes de eu chegar!!! Sim, eram 16h34, e a Celesc fecha às 16h30 impreterívelmente, e eu jurava que fechava 17h. ¬¬
Ontem a aula terminou 11h30 e não pensei duas vezes, fui para o centro, na Celesc. Cheguei lá, peguei uma senha e a atendente das senhas perguntou se eu tinha todos os documentos, "Sim, a conta de luz e meus documentos", ela "Você não trouxe a leitura do registro de HOJE?". Sim tem que ser do dia que você vai lá trocar, é um absurdo. Um serviço que deveria ser feito pelo telefone. No fim vou ter que gastar mais algumas horas da minha vida e tentar novamente trocar o nome da conta de luz para o meu, e que seja pela última vez.!

Eu realmente acho que se as pessoas não querem trabalhar, não o façam. Porque dar informações erradas, sendo que fazem esse procedimento não sei quantas de vezes por dia e ainda não sabem informar o que precisa para trocar O NOME de uma conta!!!

Ainda bem que não escolheram ser jornalistas, já pensou?!

domingo, 23 de maio de 2010

Que vergonha!!

Estava olhando hoje o novo blog da Carol: duasxmoda.blogspot.com, ai LEMBREI do meu blog, e resolvi olhá-lo para ver como estava, fazia tanto tempo que nem sabia qual era a última postagem, que vergonha!

Fiquei impressionada com a falta de compromisso com meu blog. Minha meta agora é pelo menos uma postagem a cada 15 dias. vou até deixar o blog aberto na página inicial do meu navegador...

Agora eu preciso estudar, mas já tenho em mente a próxima postagem.

Aguardem em breve!