terça-feira, 13 de outubro de 2009

Brasil, cerveja e futebol

Crônica para a disciplina de Estética e Cultura de Massa

Quinta-feira à noitinha e me deparo com um indivíduo com a camiseta do Avaí, time da cidade de Florianópolis, penso “perfeito para minha crônica”. Baixinho, magro, moreno, pele áspera. Tinha uma feição de cansado, mas algo esperançoso no olhar, provavelmente a expectativa do time ganhar o jogo que estava por vir.

De frente para o refrigerador ele escolhia qual cerveja ia levar. Com a garrafa de Brahma na mão, partiu para o freezer escolher o sabor da pizza que estava na promoção, estava certa que ele estava se preparando para assistir a partida de futebol. Pizza de calabresa com cerveja, e eu com um pote de achocolatado, que disfarce!

Agora era hora de enfrentar a fila do mercado, que estava muito movimentado para uma quinta à noite. O avaiano parecia muito paciente, mesmo com tanta gente frenética e barulho naquele local. Compras pagas no cartão de crédito, o conforto do “dinheiro de plástico”.

O torcedor sai do mercado apressado, estranho para quem estava bem calmo até aquele instante. Olho para o relógio e faltava meia hora para o jogo começar, ele entra no carro e vai embora, para casa dele ou de amigos para ver o time empatar. Como uma partida de futebol pode tomar tanto tempo de uma pessoa? Talvez pelo conforto durante aqueles 90 minutos de jogo de não ter que pensar nos seus problemas pessoais.


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